Nesse sentido, é importante que exista um debate em sala de aula sobre as consequências do uso das redes sociais na saúde emocional dos alunos. De modo que eles compreendam a lógica do algoritmo e possam criar uma nova forma, mais saudável, de se relacionar virtualmente.
Promovendo a Saúde Mental e o Bem-Estar nas Escolas: Estratégias e Intervenções
As escolas precisam criar ambientes de aprendizagem que apoiem a saúde mental e emocional dos alunos. Isso inclui promover uma cultura de aceitação e respeito, onde os alunos se sintam valorizados independentemente de seu desempenho acadêmico. É importante que os professores e administradores escolares recebam treinamento para reconhecer os sinais de ansiedade e fornecer apoio adequado aos alunos.
A implementação de programas de educação emocional, por exemplo, pode ajudar os alunos a desenvolver habilidades de autorregulação emocional e resiliência. O ideal é que esses programas incluam técnicas como mindfulness, gerenciamento de estresse e habilidades de resolução de problemas. De acordo com um estudo da organização sem fins lucrativos Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning (CASEL), programas de aprendizado social e emocional (SEL) podem melhorar significativamente a saúde mental dos alunos e reduzir os sintomas de ansiedade. O estudo revelou que alunos que participaram de programas SEL apresentaram um aumento de 11% no desempenho acadêmico e uma redução de 10% nos sintomas de ansiedade.
No intuito de minimizar esses sintomas, as escolas podem reconsiderar suas políticas de avaliação e reduzir a ênfase nas notas e testes padronizados. Alternativas como avaliações formativas, feedback contínuo e oportunidades para aprendizado autodirigido podem ajudar a diminuir a pressão sobre os alunos. A pedagoga Maria Montessori, por exemplo, defende um método de ensino que respeite o ritmo individual de cada criança, promovendo a aprendizagem ativa e autônoma.